A safra de grãos de inverno 2001/2002 no Paraná foi reavaliada para 1,83 milhão de toneladas, o que representa uma quebra de 40% em relação à estimativa inicial de colheita de 3,04 milhões de toneladas. Os prejuízos com geadas e estiagem somam R$ 666 milhões, segundo o levantamento de campo do mês de outubro divulgado ontem pelo Deral (Departamento de Economia Rural).
Considerando as culturas de aveia, canola, centeio, cevada, trigo e triticale, haverá uma redução de 1,21 milhão de toneladas. A previsão era plantar 1,373 milhão de hectares, mas foram perdidos totalmente 133.184 hectares. De acordo com o Deral, aproximadamente 80% da safra de inverno está colhida e 43% comercializada.
Perdas
A principal cultura de inverno, o trigo teve a produção reavaliada para 1,48 milhão de toneladas, com a quebra de 40%. Devido às geadas de setembro e a estiagem no Norte e Noroeste do estado, nos meses de junho e julho, o Paraná deixou de produzir 971.432 toneladas de trigo. A quebra de trigo por região foi: Norte 46%; Noroeste 53%; Oeste 27%; Centro Oeste 37%; Sudoeste 29% e Sul 46%.
A colheita de trigo atingiu 88% da área plantada com 47 % da produção total comercializada. Na região Sul do Estado, a mais prejudicada pelas geadas, a colheita se intensificou atingindo mais da metade da área plantada e segundo os técnicos de campo o percentual de grãos de baixa qualidade, ou seja, triguilho está acima da expectativa.
“O levantamento ainda está sendo realizado pelo Deral, mas sabe-se boa parte do trigo do Paraná será de baixa qualidade, destinado a ração animal”, informou a engenheira agrônoma Vera Zardo, do Deral.
Nas demais culturas de inverno, as quebras foram as seguintes: aveia branca 28%; aveia preta 33,2%; canola 31,2%; centeio 21,8%; cevada 53,6% e triticale 46%.