As negociações entre Rússia e Ucrânia sobre o preço do gás, mediadas pela União Europeia, encerraram neste domingo sem um acordo.
Em meio ao aumento das tensões no leste ucraniano, a estatal russa OAO Gazprom eliminou, em abril, os descontos para o gás vendido à Ucrânia, fazendo com que o preço do gás subisse 80%, para US$ 485,50 por 1.000 metros cúbicos, o maior valor na Europa. A OAO Gazprom exige que Kiev pague uma dívida de US$ 1,95 bilhão, mas o governo ucraniano se recusa a pagar até que um novo preço seja acordado.
Segundo o porta-voz da estatal russa Sergei Kuprianov, a Ucrânia deve realizar o pagamento da dívida até as 3h00 (de Brasília) desta segunda-feira, caso contrário o fornecimento será interrompido. Ele afirmou que as chances de um novo encontro são pequenas. Na semana passada, a Ucrânia ameaçou submeter a questão a um tribunal internacional de arbitragem se a Rússia cortar o fornecimento de gás.
Também na semana passada, a Ucrânia manteve a posição de que a oferta russa de reduzir o preço do gás em US$ 100 é “política” e “inaceitável”, enquanto Moscou reiterou que fez a melhor proposta possível.
O prazo inicial para um acordo era até a terça-feira anterior. Após encontro em Bruxelas, ficou estabelecido que o prazo seria ampliado para até essa segunda-feira antes de a Ucrânia começar a exigir o pagamento adiantado para continuar oferecendo gás. Fonte: Dow Jones Newswires.