São Paulo
– O cenário eleitoral voltou ontem a impor o ritmo dos negócios no Brasi, apesar das poucas notícias concretas. O dólar fechou em alta de 1,74%, cotado a R$ 3,213 na compra e R$ 3,217 na venda.Foi a terceira valorização consecutiva da moeda americana, que já acumula 6,84% em setembro. A Bovespa fechou em queda de 3,43%, com R$ 325,6 milhões em negócios. Segundo operadores, o nervosismo não foi maior porque o feriado judaico de Yom Kippur reduziu a liquidez dos principais mercados do mundo, inclusive do Brasil.
Como tem feito quase todos os dias, o Banco Central promoveu intervenções no mercado de câmbio, sem conseguir conter a tendência. A autoridade monetária vendeu dólares às mesas dos bancos e ofertou US$ 30 milhões para o financiamento do setor exportador, dos quais vendeu pouco mais da metade.
Os rumores sobre as próximas pesquisas eleitorais estiveram presentes desde o final da manhã e apontavam para a ascensão do petista Luiz Inácio Lula da Silva, ante uma estagnação de José Serra (PSDB). O temor de uma vitória da oposição já no primeiro turno voltou a retrair os investidores, que também repercutiram denúncias surgidas no fim-de-semana contra pessoas ligadas a Serra. O tucano é o candidato preferido do mercado, pois representa continuidade do atual governo.