No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado nesta quinta-feira, 21, o Banco Central (BC) indicou que a probabilidade de a inflação de 2017 ficar abaixo do piso da meta, de 3%, já está em 36%. No documento anterior, divulgado em junho, ela era de 20%. O cálculo tem como base o cenário de mercado, que utiliza projeções para o câmbio e a Selic contidas no Relatório de Mercado Focus. Já a probabilidade de o teto da meta, de 6%, ser ultrapassado foi de 1% para zero.

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No caso de 2018, a probabilidade de estouro do teto de 6,0% da meta foi de 16% para 11%. Já a possibilidade de estouro do piso de 3,0% da meta do próximo ano foi de 16% para 17%.

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A autarquia persegue meta central de inflação de 4,5% em 2017, 4,5% em 2018, 4,25% em 2019 e 4,00% em 2020. Em todos os casos, a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Para os anos de 2019 e 2020, porém, o BC não divulgou as probabilidades de estouro dos limites das metas.

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Preços administrados

O Relatório Trimestral de Inflação agora divulgado também mostra que o BC prevê alta de 7,4% para os preços administrados em 2017. Na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC previa elevação dos preços administrados de 7,5% neste ano.

Para 2018, a expectativa de alta do conjunto de preços administrados é de 5,2%, como já estava na ata.

No Relatório de Mercado Focus, divulgado na última segunda-feira, 18, os analistas consultados pelo BC previam alta dos preços administrados de 6,43% em 2017 e 4,70% em 2018.

Para 2019, a estimativa do RTI para a alta de preços administrados é de 4,3%. Para 2020, a projeção é de alta de 4,2% nesses preços.

Projeções do IPCA

O Banco Central divulgou no RTI suas projeções de inflação de curto prazo, que abarcam os meses de setembro, outubro e novembro. A previsão para o IPCA – o índice oficial – em setembro é de 0,17%. Já a projeção para outubro é de 0,46% e, para novembro, de 0,40%.

No mais recente Relatório de Mercado Focus, divulgado na última segunda-feira, 18, as projeções do mercado financeiro para o IPCA eram de 0,23% em setembro, 0,35% em outubro e 0,39% em novembro.

Cenários híbridos

As projeções para o IPCA no RTI levam em conta dois cenários híbridos, que combinam hipóteses dos cenários de referência e de mercado. No primeiro cenário híbrido – que considera a taxa de câmbio constante em R$ 3,10 e a evolução da Selic (a taxa básica de juros) conforme as projeções do boletim Focus -, a projeção de inflação para 2017 passou de 3,8% para 3,2%. Para 2018, foi de 4,3% para 4,1%. A projeção no primeiro cenário híbrido para o IPCA em 2019 é de 3,9%, bem como no caso de 2020.

No segundo cenário híbrido – que considera a taxa de câmbio variando conforme o Focus e a Selic estável em 8,25% ao ano -, a projeção de inflação para 2017 passou de 3,8% para 3,2%. Para 2018, foi de 4,0% para 4,1%. A projeção no segundo cenário híbrido para o IPCA em 2019 é de 4,0%, bem como no caso de 2020.