Com um ato simbólico na cidade de Júlio de Castilhos, o Rio Grande do Sul abriu oficialmente neste fim de semana o plantio da safra gaúcha de soja. O município é o terceiro maior produtor da oleaginosa no Estado – no ano passado, a cidade semeou 90 mil hectares e produziu 80 milhões de sacas.
O governador José Ivo Sartori participou da cerimônia de abertura, que ocorreu dentro da programação da 54ª Expojuc. Ele destacou a importância da soja para a economia do Estado. Segundo o primeiro levantamento de intenção de plantio divulgado pela Emater-RS no fim de agosto, a soja vai se destacar novamente na safra de verão 2015/2016. O cultivo deve ocupar uma área de 5,4 milhões de hectares, 3,1% superior à do ciclo passado – enquanto outras culturas de verão, como o milho, o feijão e o arroz, terão retração na área plantada.
A expectativa do aumento de área de soja é atribuída ao bom preço do grão, que segue impulsionado pelo dólar. A rentabilidade, no entanto, dependerá mais do que nunca da habilidade do agricultor em administrar a lavoura com eficiência, devido à alta significativa dos custos de produção.
O vice-presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Francisco Schardong frisou que o plantio “exigirá gestão”.
Conforme a Emater-RS, a semeadura da oleaginosa alcança, neste momento, cerca de 7 mil hectares, e ocorre principalmente no Noroeste gaúcho e nas regiões das Missões. Os preços praticados ficam entre R$ 73,00 e R$ 80,00, com média de R$ 74,94 a saca de 60 quilos.
