Rolagem da dívida amarra o câmbio

São Paulo

  – O dólar comercial fechou ontem cotado a R$ 3,20 na compra e R$ 3,205 na venda, com valorização de 1,26% sobre o real. Foi a quarta alta consecutiva da moeda americana, que já subiu 10,14% depois de anunciado o acordo do Brasil com o FMI. Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o pregão viva-voz em queda de 1,07%, com o Índice Bovespa em 9.290 pontos.

O mercado de câmbio repercutiu negativamente o fato de o Banco Central não ter conseguido renovar toda a dívida em Notas do Banco Central da série Especial (NBC-E) que vence hoje. Apenas 60% dos US$ 2,5 bilhões vincendos foram renovados em leilões realizados desde segunda-feira. Além de rolar apenas parcialmente o vencimento, e por prazos curtíssimos, o BC ainda teve de pagar altas taxas de juros para que as instituições financeiras aceitassem adquirir contratos de ?swap? cambial.

Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar para liquidação em setembro foi cotado no último negócio a R$ 3,198, com alta de 1,58%. O mercado paralelo de câmbio ignorou a alta do dólar no mercado à vista e teve um dia de queda das cotações. Em São Paulo, o ?black? fechou em queda de 1,61%, cotado a R$ 2,95 na compra e R$ 3,05 na venda. O paralelo do Rio caiu 3,22%, a R$ 2,85 na compra e R$ 3,00 na venda. O dólar turismo de São Paulo caiu ainda mais, terminando o dia em R$ 2,90 na compra e R$ 3,10 na venda, num recuo de 4,32%.

Enquanto isso, o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, revelou que deve viajar nos próximos dias para a Europa, possivelmente para participar de uma reunião anual do Banco de Compensações Internacional (BIS).

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo