A Rodovias do Tietê, concessionária do Corredor Marechal Rondon Leste, fechou 2010 – seu primeiro exercício completo de cobrança de pedágio – com prejuízo líquido de R$ 1,058 milhão, ante perda de R$ 3,911 milhões em 2009, quando a administradora de rodovias ainda estava na fase semioperacional. A receita líquida da empresa alcançou R$ 172,412 milhões no ano passado, sendo 85% do total representado pelo faturamento na cobrança das nove praças de pedágio do trecho sob sua responsabilidade.
O grupo controlador da Rodovias do Tietê, formado pela Cibe, Opway e Leão&Leão, venceu o leilão do trecho da rodovia em outubro de 2008, mas só passou administrar as rodovias em abril de 2009 e a receber pelos pedágios no final daquele ano. O lance vencedor foi de R$ 517 milhões, sendo 20% pagos à vista e os restante em 18 parcelas mensais. Ao final do exercício de 2010, a companhia somava endividamento de R$ 449,472 milhões, composto por notas promissórias com vencimento em junho de 2011. No início deste mês, a administração da concessionária aprovou a emissão de R$ 484,2 milhões em notas promissórias comerciais, em três séries, destinados a quitar o principal, juros e encargos da primeira emissão.
A companhia assumiu o compromisso de investir R$ 1,3 bilhão em obras de ampliação, sinalização, recuperação e serviços para monitoramento do tráfego nos 406 quilômetros de rodovias sob sua administração no prazo de 30 anos da concessão. O trecho da concessionária abrange 24 municípios do interior paulista: Agudos, Anhembi, Areiópolis, Bauru, Bofete, Botucatu, Campinas, Capivari, Conchas, Elias Fausto, Hortolândia, Itatinga, Jumirim, Laranjal Paulista, Lençóis Paulista, Monte Mor, Mombuca, Pereiras, Piracicaba, Rio das Pedras, Rafard, Salto, São Manuel e Tietê.