RMC mantém a menor taxa de desemprego

A taxa de desemprego na Região Metropolitana de Curitiba foi de 5,4% em setembro, a menor do Brasil pelo sétimo mês consecutivo. O índice da RMC também foi inferior aos 5,9% verificados no mesmo mês do ano passado e pouco maior que o número de agosto, 5,1%. A média nacional ficou em 7,5%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) em conjunto com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre as regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, a maior taxa de desemprego em setembro foi a de São Paulo (9,3%). Na segunda posição aparece a região de Salvador (7,7%). Em seguida, estão Recife (7,4%), Belo Horizonte (6,5%), Porto Alegre (6,4%) e o Rio de Janeiro (5,5%). De acordo com o presidente do Ipardes, Paulo Mello Garcias, o crescimento de 0,29 ponto percentual da taxa de desemprego, em relação a agosto, se deveu ao aumento da População Economicamente Ativa (PEA), que registrou incremento positivo de 17 mil pessoas na Grande Curitiba, ou 1,4% a mais do que no mês anterior.

Segundo Garcias, o aumento da PEA, que somou 1,237 milhão de pessoas em setembro, foi resultado do maior número de pessoas que voltaram a buscar trabalho. A população ocupada foi estimada em 1,170 milhão de pessoas, 1,1% a mais do que em agosto, o que corresponde a um contingente de mais 13 mil pessoas ocupadas no último mês. Se comparado a setembro de 2001, o total de ocupados cresceu 3,2%, ou um adicional de 36 mil pessoas.

Também a taxa de atividade, que indica a proporção de pessoas de 15 anos de idade ou mais inseridas no mercado de trabalho, teve elevação de 1,2% em agosto, passando de 62,5% para 63,3%.

O número de desempregados na RMC no mês de setembro foi estimado pela pesquisa Ipardes/IBGE em 67 mil pessoas, contra 72 mil em igual período de 2001. Em relação a agosto último, o número de desocupados aumentou em 4 mil pessoas.

Setores

Os setores com maior aumento no número de trabalhadores em setembro foram a construção civil (3,6%) e serviços (3,3%). A indústria de transformação, o segmento “outras atividades” – que engloba a agricultura, silvicultura e extrativismo mineral – e o comércio decresceram 4,6%, 1,3% e 0,5%, respectivamente.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a evolução positiva do nível ocupacional deveu-se ao crescimento no número de empregados na construção civil (10,1%) e no setor serviços (6,2%), com pequena influência da indústria de transformação (0,5%). A Pesquisa Mensal de Emprego apontou, ainda, acréscimo de 9,3% no número de empregados sem carteira assinada e de 7,5% no de empregadores. O contingente de trabalhadores com carteira assinada diminuiu 2,4%, enquanto os trabalhadores por conta própria mantiveram o mesmo nível de ocupação do mês de agosto. Comparativamente a setembro de 2001, somente o grupo dos empregadores apresentou decréscimo no total de ocupados (13,6%). Nos demais, houve incremento de 6,8% entre os empregados com carteira assinada, representando 37 mil pessoas a mais nessa categoria.

Rendimento – No mês de agosto, o rendimento médio real dos trabalhadores da Grande Curitiba foi estimado em R$ 726,99, correspondendo a 3,63 salários mínimos. Este valor representou uma redução de 1,8% em relação a julho e de menos 8,2% quando comparado a igual mês de 2001. Somente os trabalhadores na construção civil tiveram aumento real de salário em agosto último (20,2%). Nos demais setores houve perda de 3,4% para serviços, 3,1% no comércio e 1,9% na indústria da transformação.

Quando comparado o rendimento médio de agosto ao mesmo mês de 2001, a pesquisa Ipardes/IBGE constata crescimento na categoria dos trabalhadores ocupados na construção civil e diminuição nos demais setores de atividades.

Analisando os rendimentos dos trabalhadores ocupados por categoria ou posição, a pesquisa Ipardes/IBGE verificou crescimento de 3,2% nos ganhos reais das pessoas que trabalham por conta própria. Nas demais categorias, a maior queda foi observada no rendimento médio dos empregadores (7,4%). Em comparação ao mesmo período do ano anterior, todas as categorias apresentaram queda em seus rendimentos médios.

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