Os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiram, por unanimidade, reduzir a Selic (a taxa básica de juros) em 1 ponto porcentual, de 11,25% para 10,25% ao ano. O corte foi o sexto consecutivo. Comunicado do BC divulgado após a decisão, porém, indica que o ritmo de corte do juro será reduzido já na próxima reunião.

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“Em função do cenário básico e do atual balanço de riscos, o Copom entende que uma redução moderada do ritmo de flexibilização monetária em relação ao ritmo adotado hoje deve se mostrar adequada em sua próxima reunião”, cita o documento divulgado pelo BC.

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A redução de 1 ponto porcentual era largamente esperada pelos economistas do mercado financeiro. De um total de 57 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, 47 esperavam corte de 1 ponto porcentual da Selic, oito projetavam diminuição menor, de 0,75 ponto porcentual, e duas mantinham expectativa por redução de 1,25 ponto porcentual.

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No mercado, havia a percepção de que um corte de 1,25 ponto porcentual seria possível, mas não provável. Isso porque a crise política surgida após as delações de executivos da JBS, que comprometem o governo de Michel Temer, elevou o risco para os próximos meses. O próprio presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, em comunicações recentes, havia reconhecido que as incertezas aumentaram por conta do cenário político.

Foi justamente o aumento das incertezas, que colocam em risco as reformas trabalhista e previdenciária, o principal motivo citado pelo Copom na decisão desta quarta.

IPCA

O Banco Central atualizou suas projeções para a inflação na reunião que decidiu reduzir o juro básico para 10,25% ao ano. No cenário de mercado – que utiliza expectativas para câmbio e juros do mercado financeiro -, o BC reduziu ligeiramente a projeção para o IPCA em 2017 de 4,1% para 4,0%. No caso de 2018, a expectativa subiu marginalmente, de 4,5% para 4,6%.