O risco-Brasil, taxa criada para medir a desconfiança externa no País, atingiu ontem o menor patamar em 20 dias com uma queda de 1,41%, aos 698 pontos. Apesar da queda, esse indicador, calculado pelo banco americano JP Morgan, ainda acumula alta de 5,4% no mês e 49% no ano.
Essa taxa serve para calcular o custo de financiamentos e empréstimos tomados por bancos, empresas e governo no exterior. Quanto maior o risco-País, maior o juro a ser pago na hora de captar recursos.
Os principais títulos da dívida externa do País tiveram valorização nesta terça-feira. O C-Bond foi cotado a US$ 0,89 (+0,77%), mas ainda acumula uma queda de 3% no mês e de 9,5% no ano. Em janeiro, chegou a valer mais de US$ 1.
Bancos embolsam lucros
A queda de mais de 1% do dólar nesta terça-feira (3,13%, fechamento a R$ 3,13) é pontual, representando apenas uma correção técnica após a alta exagerada nas últimas semanas, quando os bancos seguraram divisas apostando na alta das cotações. A avaliação é do analista de câmbio da corretora Liquidez, Mario Paiva. Ele diz que a tendência da moeda no curto prazo ainda é de alta. Paiva cita que a baixa de ontem não indica uma reversão de tendência.
Na sua avaliação, a queda do preço do barril do petróleo também contribuiu para uma baixa das cotações. Ontem, o barril chegou a ser negociado abaixo de US$ 41 em Nova York.
Bolsa
A Bovespa teve ontem um dia de alta. O pregão fechou positivo em 1,2%, com movimento financeiro de R$ 828 milhões, em 18.859 pontos.