O risco Brasil registrou mais uma baixa – a quarta na semana – e fechou a 1.779 pontos, 2,57% abaixo de ontem. Na semana, o indicador recuou 173 pontos, ou 8,8%. Enquanto isso, o principal título brasileiro negociado no exterior, o C-Bond, hoje subiu mais 1,88% e fechou a 57,5% do valor de face. Segundo operadores, o volume de negócios hoje foi bastante reduzido. Os investidores que tinham que acertar posições, tanto de compra quanto de venda de títulos, o fizeram até o início da manhã de hoje.
Como no mercado de câmbio, onde investidores venderam o excesso de dólares em caixa e a moeda caiu 1,84%, a ordem foi passar o fim de semana eleitoral “zerado” – sem se comprometer com compras ou vendas de títulos. O mercado depositou nesta semana uma espécie de “”voto de confiança” em um provável governo de Luiz Inácio Lula da SIlva (PT). As pesquisas de intenção de voto indicam que lula deve vencer o segundo turno da eleição presidencial, neste domingo.
Entretanto, a cautela foi mantida, já que o mercado ainda aguarda com ansiedade os nomes que comporão a futura equipe de governo. O risco-país, calculado pelo banco JP Morgan por meio de seu índice Embi+, mede a diferença entre os juros pagos por títulos da dívida de países emergentes e os do Tesouro dos EUA. Quanto maior essa diferença, pior é a cotação do papel e maior o risco-país.
O Brasil tem hoje o quinto maior risco do mundo, atrás da Argentina, Nigéria, Uruguai e Equador. Embora o Uruguai não faça parte do índice Embi+, seu risco é calculado pelo banco uruguaio Republica Afap seguindo o mesmo caminho que o JP Morgan para efeito de comparação. (Correio Web/FolhaNews)