economia

Riachuelo ganha a preferência do público classe A

Entre as redes populares de confecções no Brasil, nenhuma modificou tanto suas lojas nos últimos anos quanto a Riachuelo, que substituiu o tradicional logotipo verde por um estilo dominado pelo preto e branco. O trabalho de “repaginar” os pontos de venda começou pela unidade conceito da Rua Oscar Freire, em São Paulo, e ainda não está completo.

O presidente da Riachuelo, Flávio Rocha, diz que o processo de transformação continuará nos próximos anos. A ideia é aproveitar o momento de pausa nas inaugurações – decisão tomada no início de 2016 – para acelerar a uniformização do visual das unidades. Estão previstas 40 reformas neste ano e outras 40 em 2018.

Embora a rede tenha a expectativa de conseguir melhorar vendas e rentabilidade ao longo de 2017, a decisão sobre a retomada de uma expansão das inaugurações deve ficar para o segundo semestre. “Isso vai depender de uma retomada mais sólida da economia.”

De acordo com estudo da XP Check, a Riachuelo vem crescendo na preferência dos consumidores quando o assunto é loja de roupas, ficando empatada em primeiro lugar com a Renner, tradicional líder do setor.

Segundo o levantamento realizado em agosto de 2016, Renner e Riachuelo ficaram com 17% da preferência na categoria confecções. Na pesquisa anterior, de janeiro, a Renner estava na primeira posição isolada, com 20%, enquanto a Riachuelo aparecia com 18%.

Enquanto a Renner se isolou como a favorita da classe C, a Riachuelo ganhou espaço nos dois extremos de renda, liderando entre consumidores da classe A (18%, contra 15% da Renner) e da classe D (29%, contra 20% da concorrente).

Básico x moda

Para abastecer as lojas, a companhia não modificou apenas seu sistema de distribuição, mas também a lógica de produção. Com a obrigação de entregar produtos mais rapidamente para substituir o que foi vendido nas lojas da Riachuelo, as fábricas da Guararapes – em Fortaleza e Natal – ficarão cada vez mais encarregadas dos produtos que refletem as últimas tendências da moda.

Os itens básicos, que têm um desenho mais perene, serão trazidos de fornecedores selecionados na China e também da fábrica que a Riachuelo desenvolveu no Paraguai, em parceria com a Texcin, do empresário Andrés Gwynn. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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