A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou a revisão da regulamentação financeira que, se for sancionada, promoverá mudanças históricas na supervisão dos mercados financeiros americanos e vai revolucionar a forma como empresas e consumidores lidam com os produtos financeiros.

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Um ano depois de uma catastrófica crise financeira, os representantes da Câmara aprovaram por 223 votos a favor e 202 contra a maior revisão das leis de ativos desde o New Deal – uma série de programas implementados entre 1933 e 1937, sob o governo do presidente Franklin Delano Roosevelt, com o objetivo de recuperar e reformar a economia norte-americana.

O pacote de mudanças regulatórias aprovado pela Câmara dará aos órgãos reguladores uma nova autoridade abrangente para identificar e responder aos riscos sistêmicos, desmembrar e reduzir o tamanho de firmas de maior risco e reprimir práticas de empréstimos abusivas.

A votação foi o resultado de meses de debate, negociações e lobby e foi uma vitória legislativa da administração do presidente Barack Obama, que fez da mudança nas regras para Wall Street um ponto central de sua agenda de política econômica.

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No Senado está em tramitação uma parte paralela da legislação e assessores no Congresso disseram que a chance de uma proposta se tornar lei no primeiro semestre de 2010 parece ter melhorado nos últimos dias.

Se for sancionada, a proposta vai transformar o cenário para todos, dos maiores bancos aos menores credores hipotecários. As firmas que oferecem cartão de crédito, financiamento imobiliário e outros produtos para consumidores vão enfrentar o escrutínio de uma nova Agência de Proteção do Consumidor Financeiro, enquanto fundos hedge e outros fundos privados de capital terão – pela primeira vez – de se registrar junto à Securities and Exchange Commission (SEC, a comissão de valores mobiliários norte-americana).

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O efeito mais significativo será sobre as grandes instituições financeiras, que vão enfrentar um novo escrutínio sobre suas operações e terão de manter níveis mais elevados de capital e liquidez. O governo também terá poder para desmembrar grandes instituições que forem consideradas uma ameaça à economia mais ampla e, pela primeira vez, será capaz de controlar a falência de uma grande firma de serviços financeiros. As informações são da Dow Jones.