Acabou sem consenso uma reunião nesta tarde entre representantes do governo e centrais sindicais a respeito de uma substituição do fator previdenciário. “O consenso já esteve mais perto. Agora está mais longe”, resumiu o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho.

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A falta de um desfecho se deu, segundo os participantes, tanto por falta de uma proposta clara por parte do governo quanto em função de avaliações díspares por parte das centrais sindicais. “Admitamos que o governo não estava preparado para uma decisão final sobre o assunto”, disse Garibaldi. Ele acrescentou que é preciso paciência das duas partes para tratar do assunto.

Para as centrais, ainda não está claro se o governo defende a proposta de se criar a idade mínima para a aposentadoria ou se fica valendo a soma dos anos de contribuição mais a idade do beneficiário que seria de 85 para as mulheres e 95 para os homens.

Garibaldi avaliou que o único final feliz para o trabalhador é a extinção do fator. “O que está certo é que ele deveria estar enterrado há muito tempo. Mas o que se discute é como enterrá-lo”, disse.

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O presidente nacional da CUT, Artur Henrique, disse que a Central defende a proposta 85/95. “Saímos daqui frustrados, pois quanto mais tempo demora para se definir essa coisa, pior vai ficando para o trabalhador”. Segundo ele, Garibaldi se comprometeu a realizar uma reunião com os ministérios da Fazenda e do Planejamento, além da Secretaria Geral da Presidência da República, para trazer uma proposta clara e definitiva para as centrais. Isso deve ocorrer, conforme Artur Henrique, em uma ou duas semanas.

O líder sindical informou também que a discussão sobre a desoneração da folha de pagamento, prevista para ser feita com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, hoje, será remarcada para a próxima semana, mas a data ainda não foi definida.

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