Reunião do G-20 marca virada para recuperação, diz Obama

Ao fim de um dia de negociações com muito em jogo, com a meta de colocar a economia mundial de volta nos trilhos, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse acreditar que o encontro desta quinta-feira (2) do Grupo dos 20 (G-20, que reúne as nações mais industrializadas e as principais potências emergentes do mundo) será um “ponto de inflexão” no caminho rumo à recuperação global.

“Os passos que têm sido tomados são críticos para evitar que deslizemos para a depressão”, apontou Obama em entrevista coletiva, após o encerramento do encontro do G-20 em Londres. “Eles são mais arrojados e rápidos que qualquer resposta internacional que tenhamos visto a uma crise financeira de que se tem memória.”

O G-20 concordou com uma série de medidas que, segundo os líderes, garantirão a retomada do crescimento econômico e melhorarão a regulação financeira, que muitos culpam pela queda brusca internacional. Como esperado, os líderes não endossaram um alvo específico para o estímulo econômico, mas se comprometeram a tomar “qualquer ação que seja necessária” para assegurar um crescimento sustentável de longo prazo.

O grupo, que discutia sobre as prioridades uma semana antes do encontro, também concordou em triplicar os recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI) para US$ 750 bilhões, para apoiar uma nova alocação de Direitos Especiais de Saque (DES, a moeda do FMI) de US$ 250 bilhões, dar sustentação a pelo menos US$ 100 bilhões em empréstimos adicionais pelos bancos multilaterais de desenvolvimento e garantir US$ 250 bilhões em financiamento ao comércio.

“Juntos, com medidas que cada um de nós tomou nacionalmente, isso constitui um plano global para a recuperação em uma escala sem precedentes”, apontou o G-20. O grupo também concordou em aumentar a supervisão sobre as instituições financeiras, incluindo os fundos de hedge, que têm “importância sistêmica”. Também serão alvos do G-20 os paraísos fiscais, com a possibilidade de sanções não especificadas para os países que não concordarem em introduzir mais transparência em seus sistemas bancários. As informações são da Dow Jones.

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