Representantes da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Militar, da Ecovia e da Claspar participaram de uma reunião na sede da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), em Paranaguá, para tratar das ações integradas para atendimento da safra de grãos 2011. De acordo com Paulinho Dalmaz, diretor técnico da Appa, o objetivo da reunião foi unificar esforços para garantir uma safra tranquila, evitar filas e aumentar a segurança dos caminhoneiros.

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“Nossa expectativa é de que a safra este ano seja de 13 a 15% superior à do ano passado. Já começamos o ano com aumento de 55% na exportação de granéis e esta tendência deve se manter”, disse. Para atender esta demanda, disse o diretor, a Appa já está tomando providências. A primeira delas foi a realização da dragagem de manutenção dos berços de atracação, que permitirá que os navios operem com carga plena no porto nesta safra. Outra medida, segundo Dalmaz, foi a manutenção de todos os equipamentos do corredor de exportação, além de melhorias que estão sendo realizadas no pátio de triagem.

O comandante do 9º Batalhão da Polícia Militar da Paranaguá, tenente-coronel Flávio José Correia, disse que uma das ações prioritárias da PM será intensificar o policiamento noturno. “Garantir o desembarque seguro dos caminhões nos terminais durante a noite é essencial para evitar filas. A PM vai dar este suporte e trabalharemos com uma logística diferenciada para esta safra, de modo a atender as necessidades levantadas durante a reunião”, disse. A PM lança a Operação Safra no próximo dia 10 de março.

A concessionária Ecovia, que administra o trecho da BR-277 que liga Curitiba a Paranaguá, também participou da reunião. Segundo o coordenador de operações da empresa, Marcelo Belão, a Ecovia vai intensificar a comunicação com os caminhoneiros, entregando material informativo especial para a safra, com dicas de segurança e também de ações para evitar formação de filas.

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“Vamos coordenar ações com todos os órgãos envolvidos para que o escoamento da safra este ano seja tranquilo e com poucos incidentes”, disse. Belão informou que a média diária de caminhões rumo a Paranaguá já está na casa dos 3,5 mil e, durante a safra, este número deve saltar para 6 mil caminhões/dia.

Pátio

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O pátio de triagem do Porto de Paranaguá está passando por reformulações para melhor receber a safra. Estão sendo instalados mais guichês para recebimento dos caminhões, recapagem e concretagem de algumas vias, além de melhora na infraestrutura de apoio aos caminhoneiros, como banheiros novos e área de recepção. A expectativa é que, durante a safra, cerca de 1.500 caminhões cheguem ao pátio por dia.

Para evitar filas e garantir o fluxo logístico, a Appa adota um sistema de ordenação do escoamento da safra agrícola. O “Carga On-line” é um sistema que faz o gerenciamento do fluxo logístico dos veículos até o porto, estabelecendo quotas diárias de recebimento de caminhões e vagões para cada terminal/operador, dimensionando os fluxos e evitando filas.

Toda a carga de grãos destinada ao Porto é cadastrada on-line ainda na origem e o caminhão só é liberado para seguir viagem até Paranaguá quando há espaço em armazém para recebimento da carga e navio aguardando para embarcar o produto. No pátio entram apenas os caminhões carregados com grãos (soja, milho e farelo). Caminhões com contêineres, cargas congeladas e granéis líquidos, por exemplo, seguem direto para os armazéns e terminais.

Classificação

Para dar agilidade ao atendimento da safra, a Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar) está aumentando seu efetivo de trabalhadores. É a Claspar quem inspeciona toda a carga de soja e milho que chega ao Porto de Paranaguá.

De acordo com João Neto do Prado Souza, diretor técnico de empresa, em 2010 foram recebidos no pátio de triagem 309 mil veículos e a expectativa é que este número cresça em 2011. “Trabalhamos 24 horas e aumentaremos o efetivo para melhor atender a safra. Para o ano que vem melhoraremos ainda mais a estrutura com a construção de um laboratório e aquisição de novas sondas hidráulicas para a coleta de amostras, dando mais agilidade à classificação dos produtos”, disse.

A classificação sobre a qualidade e o atendimento aos padrões internacionais ocorre por meio de análises que medem o grau de impurezas, que pode chegar ao nível máximo de aceitação de 1%; umidade, que apresenta grau máximo de aceitação de 14% e, por fim, de avarias, que pode alcançar 8% de aceitação, conforme padrão estabelecido internacionalmente.

Caso os caminhões não atendam aos padrões internacionais de qualidade ou estejam carregados com mercadoria diferente da registrada em nota fiscal, são imediatamente refugados e não recebem permissão para descarregar no porto.

Após a liberação dos caminhões classificados, os motoristas aguardam ser convocados pelos terminais portuários para descarregar nos armazéns.