O ex-diretor do Banco Central e chefe da divisão econômica da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlo Thadeu de Freitas, disse nesta quinta-feira, 25, que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reiterou a necessidade de o País manter uma política fiscal rígida. “Por enquanto não se falou em mudar meta fiscal”, disse após deixar a sede do Ministério da Fazenda, onde economistas se reuniram com Levy e com secretários da pasta.
Thadeu de Freitas contou que as discussões focaram em eventuais ideias que possam alavancar o crescimento do País, diferenciando quais seriam os problemas estruturais e os problemas cíclicos da economia brasileira. O economista defendeu a necessidade de se adotar uma agenda de incentivo ao crescimento econômico. “Na minha opinião, a política monetária é muito romântica, pois busca uma meta de inflação impossível, de 4,5% ao ano”, afirmou. “A minha sugestão é a de que a meta fosse ajustada para algo factível”, acrescentou, ressaltando que a ideia não foi unanimidade na reunião. “Alguns concordaram, outros não”, disse, sem esclarecer se as opiniões eram de economistas ou de integrantes do governo.