A retomada das exportações para a América Latina e o aumento das cotações das matérias-primas (commodities) estão entre os fatores que ajudam a explicar o crescimento das exportações e o aumento da meta do governo para as vendas externas neste ano. Segundo o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral, as exportações de manufaturados para a América Latina e Caribe cresceram 36,4% entre janeiro e setembro deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado.

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Ao todo, as exportações para América Latina e Caribe somaram US$ 34,164 bilhões entre janeiro e setembro deste ano, com crescimento de 40,5% em relação ao mesmo período de 2009.

O aumento dos preços das matérias-primas minerais e agrícolas também ajudam a explicar o crescimento das exportações, principalmente para a Ásia, segundo Barral.

Com relação ao comportamento do dólar, Barral afirmou que as medidas tomadas pelo governo, como o aumento do IOF sobre investimentos estrangeiro em renda fixa, “impediu a continuidade da queda” da moeda americana. “E é preciso destacar o mérito dos exportadores, que conseguiram mercados novos e se manter competitivos, por exemplo, nos mercados da América Latina”, disse o secretário, em entrevista na qual anunciou a elevação de US$ 180 bilhões para US$ 195 bilhões da meta brasileira de exportações para este ano.

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Barral disse que uma eventual queda muito forte do dólar também poderia encarecer os insumos que são importados por parte da indústria e afetar a competitividade desses setores. “Cerca de 84% das importações são feitas pela própria indústria”, disse o secretário.