O chefe adjunto do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Renato Baldini, afirmou nesta sexta-feira, 31, durante apresentação dos dados fiscais de julho, que o resultado primário do último mês, de déficit de R$ 3,401 bilhões, esteve associado a um resultado melhor do governo central. Em julho do ano passado, o déficit primário havia sido maior, de R$ 16,138 bilhões.
Conforme os dados do BC, o governo central registrou déficit de R$ 2,677 bilhões em julho, sendo que o governo federal, isoladamente, apresentou superávit de R$ 12,010 bilhões.
“Houve aumento de arrecadação associado à melhora da atividade econômica e melhora da arrecadação de royalties”, pontuou Baldini. “Houve resultado melhor também dos governos regionais em julho”, acrescentou. No mês passado, os governo regionais tiveram déficit de R$ 1,848 bilhão, ante o déficit de R$ 2,652 bilhões de julho do ano passado.
Dívida pública
Baldini apresentou a elasticidade da Dívida Líquida do Setor Público (DLDP) ante o Produto Interno Bruto (PIB) em relação às variáveis que interferem em seu resultado. No caso do câmbio, cada 1% de variação tem impacto imediato de 0,15 ponto porcentual (pp) em sentido oposto, o que equivale a R$ 10,1 bilhões.
No caso da Selic, cada 1 pp de alteração mantido por 12 meses tem reflexo de 0,41 pp na DLSP/PIB no mesmo sentido, o que representa R$ 27,7 bilhões em valores correntes.
Já cada alta ou baixa da inflação (basicamente IPCA) de 1 pp mantido por 12 meses tem impacto de 0,15 pp no mesmo sentido na DLDP/PIB, ou R$ 10,2 bilhões em valores nominais.