Apesar do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre ter ficado abaixo de algumas previsões do mercado, o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, avaliou que o resultado foi "muito positivo". "Não acho que isso seja uma má notícia até porque a nossa expectativa é de que o crescimento continue acelerando mais no terceiro e quarto trimestres", disse.
Ele destacou ainda que os analistas estavam com uma previsão um pouco maior, mas lembrou que, no início do ano, quando o governo previa crescimento de 4,5% em 2007, todas as expectativas do mercado financeiro e até mesmo de alguns órgãos oficiais, como o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), apontavam expansão entre 3,2% e 3,3%. "E depois, sucessivamente, essas estimativas foram sendo reajustadas", disse.
O ministro avaliou que o crescimento da economia vai se acelerar nos próximos trimestres por diversos fatores, entre eles, pelo impacto da flexibilização da política monetária no primeiro semestre, que permitiu redução dos juros por três vezes em 0,25 ponto porcentual e uma em 0,5 ponto porcentual. O outro fator é uma expectativa de resultado melhor da agricultura, que no segundo trimestre foi modesto, "como é natural".
O último fator apontado pelo ministro foi o fato de no segundo semestre de 2006 a indústria automobilística ter sido afetada por uma greve que teve impacto na cadeia produtiva. Agora, destacou Bernardo, a indústria automobilística está tendo resultados recordes, que estão puxando o setor industrial. O ministro também destacou o aumento do crédito, que tem puxado o consumo interno e, conseqüentemente, e expansão do PIB. Para Bernardo, há espaço para o aumento maior do crédito.
