Resultado de governos regionais é o melhor da história, diz BC

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, confirmou que o resultado dos governos regionais em janeiro foi o melhor da série histórica da instituição, que teve início em dezembro de 2001. Ele salientou que costuma haver aumento de receitas para esses governos, com a incidência de impostos como IPVA e IPTU, por exemplo, que ocorre no início do ano.

“Mesmo com essa sazonalidade, o resultado foi muito bom, se considerar o desempenho de janeiro do ano passado”, afirmou. No mês passado, os governos regionais tiveram superávit primário de R$ 10,544 bilhões, ante o déficit de R$ 11,316 bilhões de dezembro e o superávit de R$ 7,684 bilhões de janeiro de 2014.

Outro aspecto que favoreceu o resultado, de acordo com o técnico do BC, é que, em início de governo, há uma tendência histórica de melhores resultados, porque os novos administradores fazem reavaliação das contas da gestão anterior, o que contribui para o saldo final.

Sazonalidade

A despeito da sazonalidade favorável para o período, Maciel destacou que o resultado fiscal em janeiro foi “favorável”. “É um bom início de ano, em termos de resultado fiscal”, salientou. Ele lembrou que janeiro ainda não refletiu o impacto das medidas anunciadas recentemente na área fiscal. “Esses impactos ainda serão incorporados nos próximos meses. Em fevereiro, já devemos ter reflexo”, previu. Maciel salientou também que as medidas anunciadas pela equipe econômica estão alinhadas com o comprometimento de atingir meta fiscal de 1,2% do PIB em 2015.

Juros

Maciel destacou também que as despesas com juros no mês passado indicaram o melhor resultado desde 2010 para meses de janeiro. Os gastos no mês passado foram de R$ 18,022 bilhões, ante R$ 47,208 bilhões em dezembro de 2014 e R$ 30,399 bilhões em janeiro do ano passado. “O resultado de swaps tem predominado nessa trajetória, e não foi diferente este mês”, considerou o economista do BC.

Em janeiro, a instituição teve lucro de R$ 10,8 bilhões com essas operações, enquanto registrou prejuízo de mais de R$ 17 bilhões em dezembro. Essa diferença de mais de R$ 27 bilhões praticamente explica a redução, de dezembro do ano passado para janeiro de 2015, com os gastos com juros.

Maciel destacou, porém, que o programa de swaps, previsto para ocorrer até pelo menos o dia 31 de março, tem como propósito diminuir a volatilidade no mercado e prover hedge (proteção) a agentes, proporcionando, assim, maior previsibilidade. “Os ganhos com o programa são de outra ordem. O programa não foi delineado para o resultado fiscal”, desconversou, quando questionado sobre se haverá extensão da ração diária por mais tempo.

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