Em 2013, 2.063 trabalhadores em situação análoga à escravidão foram resgatados por órgãos policiais e de proteção. Pela primeira vez, mais pessoas foram resgatadas em áreas urbanas do que em rurais, desde 1995, quando começou a série histórica do Ministério do Trabalho (MTE).

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No Estado de São Paulo foram encontrados 419 trabalhadores nessa situação, principalmente cidadãos latinos, trabalhando em confecções. Minas lidera o ranking, com 446 trabalhadores encontrados em 25 estabelecimentos. O Rio de Janeiro aparece na sexta posição, com 129 resgatados e diversos casos na construção civil. Pará, Bahia e Goiás são os Estados onde houve mais resgates de trabalhadores na área rural.

Entre os principais problemas identificados estão os alojamentos precários, condições insalubres de trabalho e alimentação, até a prisão física no local de trabalho.

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Também no ano passado, foram identificados cerca de 110 casos de tráfico de pessoas (principalmente brasileiros) no Rio, a maioria para atuar na construção civil, comércio e serviços.

As informações foram divulgadas por Ebenezer Oliveira, coordenador estadual no Rio do projeto Gift Box, durante lançamento da terceira etapa da campanha de enfrentamento ao tráfico de seres humanos e exploração sexual, no Santuário da Penha, no bairro de mesmo nome na zona norte, nesta quarta-feira, 18.

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Em todo o País, foram registradas quase 600 situações de tráfico internacional de pessoas. “O Rio é a segunda maior porta de saída para exploração sexual em outros países, atrás apenas de São Paulo”. Os Estados possuem os dois maiores aeroportos do País.

A exploração sexual ainda é a modalidade mais comum de trabalho escravo. O secretário nacional de Justiça, Paulo Abraão, apontou o perfil das vítimas em todo o País: mulheres entre 14 e 28 anos, baixa renda e pouca escolaridade, o que está muito relacionado com questões culturais brasileiras. A divulgação da campanha durante a Copa tem relação direta com o aumento da quantidade de turistas no País e da vulnerabilidade das vítimas. No entanto, “não há estatísticas concretas que comprovem o aumento do tráfico e da exploração sexual de pessoas nos grandes eventos. O que não quer dizer que não haja”, explicou.

Para ter dados consolidados e estatísticas mais seguras os órgãos policiais e de proteção nacionais e estaduais adotaram um formulário padrão desde o início do ano para evitar subnotificação dos casos.