Os reservatórios do Sudeste receberam em janeiro um grande volume de chuvas, subindo 4,2% em relação a dezembro de 2019, mas continuam baixos, com cerca de 24% de energia armazenada, informou hoje a usina de Itaipu Binacional, a maior hidrelétrica em operação no mundo. Segundo a usina, o nível ainda sinaliza cautela quanto às vazões e, consequentemente, produções futuras.
Mesmo assim, a usina prevê que janeiro deverá fechar com uma produção acima de 8 milhões de megawatts-hora. No ano passado, nenhum mês chegou a esse patamar.
“Perto de completar 2,7 bilhões de megawatts-hora (MWh) acumulados desde o início da operação da usina, em maio de 1984, a Itaipu Binacional produziu em janeiro, até esta quinta-feira, 7.746.855 MWh ante 7.566.972 MWh em janeiro de 2019, uma diferença de quase 2,4%”, informou a usina, prevendo que vai fechar o mês superando os 8 milhões de MWh, quantidade de energia que poderia suprir o consumo de três meses do Estado do Paraná; cinco meses e meio do Paraguai; seis dias do Brasil; 21 dias de São Paulo.
A boa performance das usinas hidrelétricas tem evitado o acionamento de mais usinas termelétricas, o que indica uma possível redução da tarifa de energia elétrica ao consumidor no curto prazo se a tendência continuar.
“Quanto mais Itaipu produz, tanto para o atendimento do Paraguai quanto do Brasil, menores as chances de o Operador Nacional do Sistema (ONS) brasileiro ter que despachar plantas mais caras termelétricas e, não raramente, menos limpas que uma hidrelétrica. Bom para o meio ambiente, bom para o consumidor”, afirma o diretor técnico executivo, Celso Torino.