Reservas da China atingem US$ 1,76 tri em abril

As reservas internacionais da China deram um salto recorde de US$ 74,46 bilhões em abril e fecharam o mês em US$ 1,76 trilhão, volume que supera a soma das reservas de Japão, Taiwan, Coréia do Sul e Hong Kong. A rápida expansão é um indício do aumento da quantidade de capital especulativo que entra no país em busca de ganhos com a valorização da moeda local, o yuan. Desde o início do ano, as reservas chinesas tiveram alta de US$ 228,5 bilhões, quase metade do aumento de US$ 462 bilhões registrado durante 2007.

A enxurrada de dólares aumenta a quantidade de dinheiro em circulação na economia e dificulta os esforços do governo para controlar a inflação, um dos mais graves problemas para as autoridades de Pequim atualmente. No primeiro trimestre, os preços tiveram alta de 8%, o mais alto índice em quase 12 anos. A inflação é provocada principalmente pela alta no preço dos alimentos, o que atinge a população mais pobre e pode gerar instabilidade social.

O volume de reservas internacionais supera de longe as necessidades da China para enfrentar eventuais turbulências internacionais ou fazer frente a seus compromissos em moeda estrangeira. O valor de US$ 1,76 trilhão é maior que todo o PIB brasileiro e só o crescimento de US$ 228,5 bilhões registrado no primeiro trimestre supera o total de reservas internacionais do Brasil.

Vários economistas afirmam que a estratégia de Pequim de elevar gradativamente o valor da moeda local em relação ao dólar é a principal causa do aumento do fluxo de capital especulativo. Esses economistas defendem uma maxivalorização do yuan , em patamar grande o bastante para desestimular os investidores a apostarem em novas altas no valor da moeda.

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