Desde que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, anunciou no dia 18 de setembro que a autoridade monetária passaria a vender dólares diante do agravamento da crise as reservas internacionais brasileiras já tiveram uma queda de US$ 4,725 bilhões. Naquele dia, as reservas estavam em US$ 208,698 bilhões e o dado mais recente, de ontem, era de US$ 203,973 bilhões.

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A maior parte dessa queda está relacionada às operações de venda de dólares com compromisso de recompra, ou seja, de recursos que saíram do estoque de reservas, mas voltarão ao caixa do governo no futuro. A primeira dessas operações ocorreu no dia 19 de setembro, com venda de US$ 500 milhões, seguida de mais uma de US$ 300 milhões no mesmo dia. No total, os chamados leilões de linhas externas realizados pelo BC somaram US$ 1,7 bilhão do dia 19 de setembro até o dia 10 de outubro. Ou seja, esse é o montante que saiu, mas vai voltar para as reservas em data preestabelecida no leilão.

Além desses recursos, o BC também fez leilões de venda direta de dólares. Estas operações representam de fato “queima” de dinheiro das reservas e, por serem definitivas, foram utilizadas em momentos mais agudos de escassez da moeda estrangeira, que coincidiram com as altas mais pronunciadas da divisa norte-americana. No período em questão, as vendas de dólares, de acordo com as estimativas do mercado financeiro, somaram US$ 2,7 bilhões, sendo o seu auge no dia 8 de outubro, quando a moeda chegou a bater a marca de R$ 2,50 e o BC fez três leilões.

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