Na manhã de ontem, o governador Roberto Requião atendeu jornalistas estrangeiros especializados em meio ambiente no “Museu do Homem” (Musée de l?Homme), em Paris. O principal tema da entrevista foi a proibição do plantio, comercialização, transporte e exportação de soja transgênica no Paraná. “Nosso Estado fará de tudo para que seja declarado área livre de transgênicos”, afirmou Requião.

O governador detalhou para os jornalistas todas as etapas da luta que o Paraná vem mantendo contra a soja transgênica e reforçou que a liberação das sementes geneticamente modificadas pode levar o Brasil, assim como outros países em desenvolvimento, a serem vassalos da norte-americana Monsanto. “Seria o retorno à idade média, com os nossos agricultores pagando pelo uso de sua própria terra”, disse Requião.

Quase todas as perguntas dos jornalistas presentes giraram em torno da questão da biossegurança. O governador também informou que o Porto de Paranaguá, principal exportador de grãos do Brasil, desde o ano passado não recebe nem comercializa produtos transgênicos.

Requião também defendeu a necessidade de uma definição mais clara sobre a utilização de transgênicos, principalmente quanto ao cumprimento do Protocolo de Cartagena, que regulamenta o uso da biodiversidade e biossegurança de organismos geneticamente modificados entre os países. O protocolo foi lançado no Rio de Janeiro durante a Eco-92 e faz parte da Convenção sobre Diversidade Biológica.

Paraná

Logo após a entrevista, Requião viajou para a Bélgica, onde participou de uma recepção com empresários e autoridades belgas na embaixada do Brasil no país, oferecida pelo embaixador José Geronimo Marcondes de Souza.

Requião aproveitou a oportunidade para acertar a realização de uma semana paranaense em Bruxelas, que vai acontecer simultaneamente com a semana da França, já articulada com o embaixador Sérgio Amaral. A mostra será semelhante a que ocorreu ano passado, em Brasília, em comemoração ao Sesquicentenário da Emancipação Política do Paraná.

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