A maioria dos republicanos se uniu à maior parte dos democratas na aprovação da legislação para elevação do teto da dívida dos Estados Unidos pelo Senado. No entanto, mais uma vez uma coalizão incomum de democratas liberais e republicanos conservadores se opôs ao acordo.
Os líderes do Senado saudaram a aprovação do projeto de lei. “Nosso país estava literalmente à beira do desastre”, disse o líder da maioria na Casa, o democrata Harry Reid. O líder da minoria no Senado, o republicano Mitch McConnell, classificou a legislação como o começo de “uma nova forma de fazer negócios em Washington”.
Autoridades do Departamento do Tesouro, participantes do mercado financeiro e o presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, vinham alertando para o fato de que um default dos EUA poderia levar a outra recessão econômica e derrubar o valor do dólar, além de provocar alta nas taxas de juros, forçando milhões de norte-americanos a enfrentar um aumento nos custos dos empréstimos.
O acordo ficou bem abaixo dos US$ 4 trilhões em redução no déficit que o presidente Barack Obama havia proposto em determinado momento das negociações. Ainda assim, especialistas em orçamento dizem que o acordo final foi histórico, pois mudou o tom do debate fiscal em Washington.
“Nós não vamos mais falar sobre cortes de gastos e impostos que aumentem o déficit orçamentário”, comentou Maya McGuiness, presidente do bipartidário Comitê por um Orçamento Federal Responsável.
O acordo foi alcançado entre Obama e congressistas republicanos e democratas na noite de domingo, após meses de negociação,que incluíram dezenas de reuniões privadas e entrevistas à imprensa, sobre o tamanho da redução no déficit que acompanharia a elevação no teto da dívida. As informações são da Dow Jones.