O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, disse na tarde desta terça-feira, 3, que os reajustes tarifários concedidos pelo órgão a seis distribuidoras podem ser alterados caso o governo consiga renegociar com o pool de bancos as condições do empréstimos dados ao setor ao longo do ano passado.

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“Caso mudem as condições de empréstimo, mudaremos reajuste que foi concedido hoje. Não faz sentido ter uma condição para algumas empresas e não para outras. Se os parâmetros do contrato de empréstimos forem modificados, essas alterações podem entrar na revisão extraordinária da companhias”, detalhou.

Ainda assim, Rufino disse que o sucesso da renegociação dos empréstimos que somaram R$ 17,8 bilhões em 2014 depende das instituições financeiras. O objetivo do governo é alongar o prazo para o pagamento desses valores via contas de luz e diluir os juros desses financiamentos.

“É um contrato que só muda se os bancos concordarem. O assunto está sendo discutido pelo Ministério da Fazenda, bem como um novo empréstimo da ordem de R$ 2,6 bilhões para cobrir despesas de novembro e dezembro do ano passado”, completou Rufino.

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O reajuste autorizado para a paraibana Energisa Borborema e as paulistas CPFL Jaguari (SP), CPFL Leste Paulista (SP), CPFL Mococa (SP), CPFL Santa Cruz (SP) e CPFL Sul Paulista (SP) já consideram o pagamento da primeira parcela do empréstimo feito às distribuidoras para a compra de energia no mercado à vista no ano passado, que chegou aos R$ 17,8 bilhões já contratados junto aos bancos. Caso o prazo e os juros desse empréstimo mudem, o efeito tarifário desse pagamento também mudará.