Graças aos bons salários pagos a uma parte dos servidores públicos federais, o Distrito Federal apresenta o maior rendimento médio mensal do País, de R$ 2.117,00, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2008 (Pnad 2008), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A renda média de Brasília é mais do que o dobro da média nacional, de R$ 1.036,00.

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Se por um lado a capital federal ostenta esse número extremamente positivo, por outro o Distrito Federal tem o pior índice de distribuição de renda do País. O coeficiente de Gini – usado para medir a distribuição da renda – do Distrito Federal é de 0,62. O indicador vai de 0 a 1, sendo que 1 é a pior taxa de desigualdade. O índice nacional é de 0,53.

Segundo a analista da Pnad Adriana Beringuy, a desigualdade em Brasília á causada, justamente, pelo fato de parte da população receber elevados salários no serviço público, enquanto outra parcela, que não trabalha para o governo, recebe bem menos.

Desocupação

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Brasília também se destaca na Pnad por outras peculiaridades. A capital federal tem a maior taxa de escolaridade do País para a faixa de 18 a 24 anos, de 41,1% da população, bem superior à média nacional, de 30,5%. Por outro lado, o Distrito Federal tem a segunda maior taxa de desocupação, de 11,15% da população economicamente ativa. Segundo Adriana, mais uma vez a forte presença do serviço público na economia de Brasília ajuda a explicar esse número. Segundo ela, parte desses desocupados é formada, na verdade, por pessoas que estão estudando para passar em concursos públicos.

O Distrito Federal também é a unidade da federação com o maior porcentual de domicílios atendidos por rede de esgoto ou fossa séptica (96,8%). A alta renda de parte da população brasiliense também explica a liderança de Brasília em relação à presença de telefones: 97,2% das residências do Distrito Federal possuem um aparelho, fixo ou celular.

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