O salário líquido do trabalhador da indústria continua em queda. Entre os meses de janeiro e outubro deste ano, a retração foi de 5,59%, segundo dados divulgados pela pesquisa de indicadores industriais da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Em outubro, a queda no valor líquido dos salários foi de 2,84% em relação ao mesmo mês de 2002. Na comparação com setembro deste ano, a situação ficou praticamente estável, já que a massa salarial registrou uma melhora de 1,44%.
Os trabalhadores de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais foram os mais prejudicados. Nesses estados, houve perda acentuada nos salários, apesar de haver uma ligeira recuperação no mês de outubro.
No acumulado do ano, os salários ficaram 5,51%, 7,59% e 8,05% menores em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, nesta ordem. Na comparação com setembro, houve aumento de 1,65%, 1,99% e 3,34%, respectivamente.
Emprego
A recuperação do nível de emprego na indústria irá acontecer em 2004, mas de forma lenta, segundo o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Armando Monteiro Neto.
Ele disse que o mercado de trabalho “demora” mais para se recompor e que não irá acompanhar o mesmo ritmo da retomada da produção industrial nos próximos três meses.
“Esperamos que com a manutenção do crescimento econômico e, sobretudo, a duração desse processo, se retome o nível de emprego que corresponda à posição, que historicamente se tinha nos cinco anos passados”, disse.
Pesquisa
Em outubro, o emprego na indústria teve uma ligeira recuperação, mas ainda insuficiente para compensar as perdas do primeiro semestre deste ano.
No mês, a expansão foi de 0,17% na comparação com setembro e com outubro de 2002. No acumulado do ano, o número de empregados no setor cresceu 0,71%.
Os dados foram divulgados ontem pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Os únicos estados que registram déficit na oferta de emprego no acumulado do ano são Pernambuco (-2,08%), Rio de Janeiro (-2,33%) e São Paulo (-1,23%).
