A Renault do Brasil vai encerrar o segundo turno de produção em sua fábrica de automóveis em São José dos Pinhais, no Paraná, e dispensar 140 trabalhadores por meio de um programa de incentivo a demissões. Outros 265 funcionários do turno da tarde serão aproveitados no período da manhã. A fábrica produz os modelos Clio e Scénic e emprega 3 mil pessoas.
O motivo para as dispensas é o mesmo alegado pelas montadoras na nova onda de demissões do setor iniciada em junho: a desaceleração do mercado, que amargou queda de 13% nas vendas no varejo no primeiro semestre.
A DaimlerChrysler já anunciou o corte de 724 trabalhadores em São Paulo e a General Motors, que havia comunicado a intenção de demitir 808 trabalhadores, acabou dispensando 108 pessoas. Os outros 700 estão sendo incentivados a deixar a empresa por meio de um Programa de Demissões Voluntárias (PDV).
A Renault informou que os cortes não vão envolver a fábrica de veículos utilitários, que produz os modelos Master e Frontier (Nissan) nem a unidade de motores, ambas localizadas em São José dos Pinhais. A montadora francesa, quinta no ranking de vendas no mercado brasileiro, instalou-se no País no fim de 1999. No primeiro semestre, a queda nas vendas da empresa no atacado foi de aproximadamente 19,3%, para 32.223 unidades.
O programa de incentivos começa no dia 5 e termina no dia 16 de agosto. O plano prevê salários adicionais e prorrogação de benefícios como convênio médico.
