A Renault do Brasil anunciou nesta quinta-feira (6) que, até o final do mês, deve contratar 600 novos funcionários para atuar na fábrica paranaense da empresa, em São José dos Pinhais. O secretário estadual do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Nelson Garcia, avaliou a decisão como um sinal da retomada da indústria automotiva.
“Os efeitos da turbulência econômica foram combatidas de maneira muito consistente. As respostas para a crise foram rápidas, baseadas no diálogo com empresários e trabalhadores”, destacou. “A Renault paranaense foi a primeira a adotar a Bolsa-Qualificação como forma de evitar demissões, seguindo uma sugestão do Governo Estadual”, lembrou.
O acordo de suspensão foi assinado em janeiro e evitou a demissão de 800 pessoas. “Demitir este número de trabalhadores geraria um enorme problema social, afinal aumentaria a inadimplência no comércio e nos serviços e só pioraria a situação”, explica Núncio Mannala, coordenador de Estudos, Pesquisas e Relações de Trabalho da Secretaria.
“Com a Bolsa, a montadora evitou um gasto gigantesco com rescisão dos contratos e o pagamento dos direitos trabalhistas. Além disso, enquanto os funcionários recebiam o benefício, pago pelo Governo Federal, participavam de aulas de qualificação e atualização profissional”, completa.
Em nota, o diretor de Relações Institucionais da Renault do Brasil, Antonio Calcagnotto, diz que a empresa “Está confiante no desempenho do mercado brasileiro, que tem se mostrado resistente às oscilações econômicas mundiais”.
Segundo o comunicado, a montadora espera produzir 137 mil veículos na fábrica de São José dos Pinhais, até o final de 2009. A nota revela, ainda, que uma terceira unidade de produção, com capacidade para fabricar 400 mil motores no ano, será reforçada em breve com equipe de produção.