Cerca de metade dos funcionários da montadora Renault, em São José dos Pinhais, que estavam desde o início do ano com seus contratos de trabalho suspensos até junho, devem ter seu retorno ao trabalho antecipado para março.
A informação foi divulgada ontem pela delegação sindical na empresa e confirmada posteriormente pela Renault que, no entanto, não divulgou detalhes sobre o assunto. O motivo do retorno seria um “ajuste de produção”.
A suspensão dos contratos de trabalho de cerca de mil empregados tinha sido fechado entre a montadora e o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) no dia 5 de janeiro.
Pelo acordo, os funcionários ficariam suspensos por cinco meses, tendo seus salários pagos normalmente, sendo uma parte pela empresa e outra com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
De acordo com o declarações do coordenador da delegação sindical da montadora, Robson Jamaica, em nota distribuída à imprensa, a previsão é que a fábrica volte a trabalhar com metade do segundo turno entre os dias 5 e 20 de março, o que aumentaria a capacidade de produção para até 540 carros por dia. Segundo ele, a expectativa é que os outros 400 funcionários afastados voltem ainda no primeiro semestre do ano.
Para Jamaica, a expectativa é que o mercado, que segundo ele deu sinais positivos de recuperação, continue em um bom momento. “Nosso objetivo é que a volta dos trabalhadores se dê de maneira gradual e sólida. Estamos bastante esperançosos e acreditamos que os serviços serão normalizados em breve”, diz, lembrando dos empregos indiretos que devem ser gerados com o aumento na produção. “Calculamos que, para cada posto de trabalho que a fábrica cria, mais três são criados na cadeia produtiva”, afirma.
Segundo informações da Agência Estadual de Notícias, também divulgadas ontem, esta semana a Renault deve enviar um comunicado à Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social com o nome dos funcionários e a data de volta ao trabalho.
Conforme a Secretaria, os trabalhadores receberão o número de parcelas do seguro-desemprego referentes ao tempo de afastamento e, imediatamente à retomada dos contratos, voltam a recolher os benefícios previdenciários e Fundo de Garantia.