No dia em que o governo vai anunciar um corte no orçamento de 2013, que pode ser em torno de R$ 27 bilhões e deve atingir emendas parlamentares, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quarta-feira, 22, que é preciso ter cautela ao falar do orçamento impositivo. Ao contrário da presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que defende a votação da proposta até o meio deste ano, Renan afirmou ter dúvidas sobre a aplicação da iniciativa.
“O orçamento impositivo teria que ser consequência de um esforço de planejamento. Quando se fala em orçamento impositivo, eu tenho muita dúvida a respeito dele porque ele precisaria primeiro ter esforço de planejamento para que essa imposição tivesse um rumo, uma diretriz, uma consequência”, disse Renan, na chegada ao Congresso.
Sobre os cortes no orçamento de 2013 que serão anunciados logo mais pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, Renan acredita na necessidade da redução de despesas. “É preciso fazer cortes. É natural que o Executivo faça remanejamento.”