Arquivo / O Estado

Medicamentos foram responsáveis
por um "peso" de 0,16 ponto
percentual no índice geral.

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O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo -15) avançou para 0,83% em maio, depois de registrar variação de 0,74% em abril. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a maior contribuição individual veio dos remédios, que subiram 4,16% e responderam por 0,16 ponto percentual do índice. O aumento foi motivado pelo reajuste em 31 de março sobre os produtos com preços controlados. Entre as 11 regiões pesquisadas pelo IBGE, a Região Metropolitana de Curitiba (RMC) registrou a terceira menor variação em maio, com alta de 0,34%. Já o maior resultado foi verificado em Porto Alegre (1,37%), seguido pelo Rio de Janeiro (1,35%).

Em Curitiba, os remédios tiveram alta de 3,72%, um pouco abaixo da média nacional de 4,16%. Outro grupo que pressionou a inflação no mês foi alimentos e bebidas, com alta de 0,51% na Grande Curitiba e 0,84% no País. Nesse setor, as maiores contribuições vieram do feijão carioca (aumento de 14,91% na RMC), batata inglesa (19,10%), alface (16,53%), couve-flor (12,70%) e brócolis (10,92%). Entre as frutas, os maiores aumentos vieram da manga (13,68%) e da uva (19,96%).

O grupo vestuário também pressionou o IPCA-15, com elevação de 2,04% na Grande Curitiba e 1,56% na média nacional. No grupo, as roupas masculinas aumentaram 2,77% em Curitiba; roupas femininas, 2,33% e roupa infantil, 2,37%. Em alta, aparece ainda o grupo Habitação – 0,17% na Grande Curitiba e 0,96% no índice nacional. Já os combustíveis registraram queda no mês, de -1,79% para a RMC e -0,18% na média das regiões pesquisadas. Na Grande Curitiba, o preço da gasolina caiu 2,76% e o álcool 1,18%.

Pressão nacional

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Além da alta dos remédios, as contas de energia elétrica, que subiram 2,85%, também influenciaram o índice nacional neste mês, com os reajustes em Salvador (14,57%), Belo Horizonte (13,57%), Recife (9,03%), Porto Alegre (6,56%) e Fortaleza (4,74%). Em Curitiba, houve queda de 0,19%, por conta de uma pequena redução no seguro-apagão.

As tarifas de ônibus urbanos subiram 2,11%, afetadas pelo aumento no Rio de Janeiro, aplicado a partir de 9 de abril, de 10,43%. Em Curitiba, houve estabilidade.

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O IPCA-15 funciona como uma prévia do IPCA (Índice utilizado como referência para a meta de inflação e que influencia as taxas de juros). A diferença é a data de coleta de preços. O índice se refere a famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos e abrange Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Brasília e Goiânia.