O presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), José Geraldo Tardin, disse ontem, à reportagem de O Estado, que pacientes que receberam remédios trocados nos hospitais onde se trataram podem ser indenizados.

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O equívoco parece ser simples, mas pode trazer inúmeros riscos à saúde e, em determinados casos, pode até ser fatal ao paciente. Tardin afirmou que as vítimas desse procedimento devem procurar a justiça em tais situações.

“Aqueles que sofreram consequências por terem ingerido medicamentos erroneamente indicados pelas instituições de saúde, devem registrar um boletim de ocorrência na delegacia local e representar os profissionais no Conselho Regional de Medicina ou Enfermagem locais, conforme o caso. Além disso, as vítimas podem buscar uma indenização na Justiça através de uma ação civil”, explicou.

Desta forma, os responsáveis irão responder pelos danos causados no campo criminal, cível e administrativo, podendo ser presos e até mesmo ter o registro profissional suspenso ou cassado. No entanto, segundo Tardin, ao contrário da grande incidência desse erro, poucos pacientes procuram seus direitos ao serem vítimas da troca.

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“As pessoas têm dificuldade em entender que a relação médico paciente já foi há muito tempo determinada pela justiça como relação de consumo. Na maioria das vezes quando isso acontece, a pessoa não corre atrás, e ainda deixa de procurar o Procon (Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor) e o próprio Ibedec. Antigamente essa ausência na procura podia ser explicada pelo alto custo da ação, mas hoje o processo está muito mais acessível. Infelizmente ainda falta conhecimento da população para esse direito”, disse.

Para obter maiores informações sobre o direito à indenização, Tardin explica que a população pode entrar no site do Ibedec (www.ibedec.org.br). “Na internet os consumidores têm acesso a um procedimento de orientação de consumo. Caso isso não tire todas as dúvidas, é possível nos enviar questionamentos por e-mail, mas apenas uma vez. Após isso é preciso se associar ao Instituto, para então continuar a solucionar dúvidas restantes”, orientou.

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