A indiana Reliance Industries Ltd., uma gigante de energia e materiais industriais, fez uma oferta em dinheiro para tomar o controle da LyondellBasell Industries, quando a empresa petroquímica holandesa sair da concordata, informou a LyondellBasell em comunicado ontem.

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Nenhuma das duas empresas informou o valor da oferta, mas a empresa indiana poderia pagar até US$ 12 bilhões, de acordo com analistas, que se basearam em avaliações anteriores sobre a indústria petroquímica sediada na Holanda.

Se as empresas chegarem a um acordo, ele estará entre as maiores aquisições internacionais feitas por uma empresa indiana e criaria uma potência mundial de energia e produtos químicos.

A Reliance é a maior fabricante mundial de fibras de poliéster e fatura mais de US$ 32 bilhões por ano. Antes de pedir concordata em janeiro, a LyondellBasell, terceira maior empresa mundial de produtos petroquímicos, informou vendas anuncias de US$ 50,7 bilhões. As informações são do “Wall Street Journal” Ásia.

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A Reliance é comandada por Mukesh Ambani, o homem mais rico da Índia. A empresa tradicionalmente manteve seu foco no mercado indiano, enquanto outras companhias do país, como o Tata Group, optaram pela expansão internacional. A Tata Motors comprou as marcas Jaguar e Land Rover e o braço siderúrgico do Tata comprou a aciaria anglo-holandesa Corus.

Mas no 35º encontro anual da Reliance, Ambani sugeriu planos agressivos de expansão mundial. A Reliance controla o maior campo de gás natural da Índia, o KG, na costa leste do país, que deverá dobrar a produção indiana de gás dos atuais 80 milhões de pés cúbicos diários. A empresa também opera duas refinarias de petróleo no Estado de Jamnagar.

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A LyondellBasell, sediada na Holanda, ajudaria a Reliance com sua rede de distribuição em dois mercados importantes – os Estados Unidos e a Europa – e por isso a aquisição seria mais do que de uma empresa petroquímica, de acordo com uma pessoa familiarizada com a estratégia da Reliance. As informações são da Dow Jones.