As reservas do pré-sal da Bacia de Santos podem conter de 15 a 20 bilhões de barris, além dos 14 bilhões confirmados pela Petrobras até agora, o que indica um total de até 34 bilhões de barris. A projeção é da certificadora Gaffney, Cline & Associates, em relatório elaborado por encomenda da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Segundo o trabalho, o potencial do pré-sal é equivalente ao de grandes bacias produtoras mundiais, como as areias betuminosas canadenses e a faixa do Orinoco, na Venezuela.

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O relatório foi feito para auxiliar a ANP nas negociações com a Petrobras para venda de barris do pré-sal no processo chamado de cessão onerosa, que garantiu ao governo recursos para participar da capitalização da estatal. A ANP costuma trabalhar com um potencial de 50 bilhões de barris para o pré-sal, mas é a primeira vez que reservatórios fora das concessões da Petrobras são certificados oficialmente.

O trabalho da GCA apontou reservas de 7,8 bilhões de barris para a área de Libra, informação divulgada essa semana pelo governo, e de 5,45 bilhões de barris para Franco, que foi incluído no contrato de cessão onerosa. O resto das reservas projetadas vêm de áreas no entorno de Tupi, Iara e Júpiter – descobertas da Petrobras – além dos reservatórios de Florim, Tupi Nordeste, Pau-Brasil, Peroba e Guará Sul.

Segundo o documento, a probabilidade de acerto é de 70% para as áreas, à exceção de Florim, de mais difícil análise. De todo modo, diz a GCA, o volume certificado é equivalente à soma de uma série de descobertas gigantes feitas nos últimos anos, como o campo de Kashagan, no Casaquistão, a área no Golfo do México que permitiu a instalação da Thunder Horse, a maior plataforma de petróleo do mundo, além de áreas na Bacia de Campos como Marlim e Roncador.

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