A presidente Dilma Rousseff vai entregar ao final de 2014 uma inflação ainda pior que a registrada no ano passado. É o que prevê o Banco Central. A projeção de IPCA de 2014 passou de 6,1% em março, para 6,4% nesta nova projeção, no cenário de referência, conforme revela o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado na manhã desta quinta-feira, 26, pelo Banco Central (BC)

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A nova estimativa coloca a inflação deste ano muito próxima do estouro da meta de inflação, que tolera uma taxa de até 6,5%. No ano passado, o IPCA fechou em 5,91%. No primeiro ano do governo Dilma Rousseff, a taxa foi de 6,50, no segundo, de 5,84%. Ao longo de 2013, o presidente do BC, Alexandre Tombini, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, prometeram, em várias ocasiões, uma inflação menor em 2013 do que em 2012. No entanto, a expectativa das duas autoridades não se confirmou. A queda da inflação este ano também foi uma promessa da presidente Dilma.

A estimativa do IPCA para o final deste ano está muito distante do centro da meta de inflação estabelecida pelo próprio governo, de 4,5%. Para o IPCA acumulado em 12 meses no primeiro ano do próximo governo, em 2015, o BC também elevou sua projeção, de 5,5% para 5,7% . Para o primeiro trimestre de 2016, o BC manteve uma estimativa de inflação de 5,4%. Para o segundo trimestre de 2016, a projeção da autoridade monetária no cenário de referência é de 5,1%.

Projeção aumentada

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A projeção do aumentou ante o último relatório. Como a própria autoridade monetária admite no documento, a inflação encerrará o ano acima do centro da meta de 4,5% não só no cenário de mercado como no de referência. Em ambos os casos, a projeção fica apenas 0,1 ponto porcentual abaixo do teto da meta de 6,5%.

O BC detalhou que a projeção da inflação acumulada em 12 meses parte de 6,4% no quarto trimestre de 2014, recua para 6,0% no fim de 2015, fica a 5,5% no primeiro trimestre de 2016 e chega a 5,0% no segundo trimestre de 2016.

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No relatório anterior, divulgado em março, a projeção do BC para inflação no cenário de mercado era de 6,2% ao fim de 2014. Segundo essa previsão, a inflação recuaria para 5,5% no fim de 2015 e no primeiro trimestre de 2016 chegaria a 5,2%. (Colaborou Laís Alegretti).