A relação entre os preços do etanol e os da gasolina acelerou entre outubro e novembro na cidade de São Paulo, aponta a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). No período, a equivalência passou para 63,76%, após 61,55% no décimo mês do ano. Ainda assim, o patamar é o menor para o mês de novembro desde 2008, quando marcou 55,08%.
“A correlação aumentou um pouco em relação aos meses anteriores, em que o piso atingiu 57,91% em agosto, mas a taxa ainda é favorável ao etanol”, aponta o economista Moacir Yabiku, da Fipe.
O uso do etanol deixa de ser vantajoso quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina.
O patamar é calculado considerando que o poder calorífico do etanol é de 70% do poder do combustível fóssil. Com a relação entre 70% e 70,5%, a utilização de gasolina ou etanol é considerada indiferente.
Nesta terça-feira, 4, com base no levantamento do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), a Fipe informou que a gasolina teve queda de 3,85% em novembro, enquanto o etanol cedeu 0,90% na mesma base de comparação. O IPC-Fipe, por sua vez, registrou alta de 0,15% em novembro, após 0,48% na leitura de outubro.