A relação entre o preço do etanol e o da gasolina avançou e atingiu a marca de 64,81% na primeira semana de abril na capital paulista, na comparação com 62,49% anteriormente, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O resultado do começo deste mês, no entanto, é inferior ao de 72,26% apurado na primeira semana de igual mês de 2014.

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A despeito da alta entre a primeira semana de abril e a última de março, o gerente técnico de Pesquisas do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), Moacir Mokem Yabiku, estima que a tendência é de redução na equivalência entre os preços dos dois combustíveis. “Pode diminuir, por causa do início da safra”, estimou.

No IPC-Fipe da primeira quadrissemana de abril (últimos 30 dias terminados na terça-feira, 7), o etanol registrou queda de 1,76%, depois de um recuo de 0,28% no fechamento de março, enquanto a gasolina passou de uma alta de 0,46% para 0,04%. Segundo o técnico da Fipe, o recuo do álcool combustível reflete o excesso de oferta. “O setor vinha com estoque de etanol elevado”, disse. De acordo com o setor, no início de março, havia um bilhão de litros de etanol acima do registrado em igual período de 2014.

Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do etanol é de 70% do poder da gasolina. Com a relação entre 70% e 70,50%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol no tanque.

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