Relação entre etanol e gasolina atinge em SP menor nível no período desde 2009

O ano começou vantajoso para o consumidor da cidade de São Paulo que prefere o uso do etanol no carro em vez da gasolina. Levantamento distribuído pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, mostrou que a relação entre o preço médio do etanol e o valor médio da gasolina alcançou o nível de 66,69% na primeira semana de janeiro na capital paulista. Apesar de mostrar um pequeno aumento ante a marca de 66,20% da última semana de dezembro de 2014, o número apurado representou o menor nível para a primeira semana de um ano desde 2009, quando a relação ficou em 55,65%.

De acordo com os especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do etanol é de 70% do poder da gasolina.

Na primeira semana de janeiro de 2014, o nível estava em 68,23% e, na semana inicial de 2013, estava em 69,65%. Nos mesmos períodos de 2012, 2011 e 2010, a relação entre etanol e gasolina ficou em 71,58%, 70,06% e 71,06%, respectivamente.

Na análise específica sobre o comportamento isolado dos preços dos combustíveis no IPC, o valor médio da gasolina apresentou alta de 0,18% na primeira quadrissemana do mês (últimos 30 dias encerrados em 7 de janeiro) ante avanço de 0,65% no encerramento de dezembro.

Quanto ao etanol, a alta do combustível mudou pouco entre o fim do mês passado e o começo do atual, mas continua indicando tendência de aceleração. No levantamento da Fipe por meio do IPC, o valor médio do derivado da cana subiu 2,50% contra avanço anterior de 2,47%.

Para o coordenador do IPC, André Chagas, o etanol tende a começar a sofrer maiores efeitos de um período de entressafra mais para o fim de janeiro e, principalmente, quando começar o mês seguinte. “Pelo retrospecto dos anos anteriores, janeiro ainda é um período de certa estabilidade e, a partir de fevereiro, que começam os maiores aumentos”, lembrou. “Agora, tem um pouco do fim da safra ajudando na recomposição de preços, mas ainda não estamos no período de grandes ajustes”, disse.

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