O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, informou que a relação entre a dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB) em setembro deve subir para 43,9%, por conta da valorização cambial. Ele levou em conta a apreciação de 4,6% do real ante o dólar verificada no mês até terça.

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O fenômeno é exatamente o inverso do que ocorreu em agosto, quando a dívida do governo caiu de 44% para 43,1% do PIB, em virtude da desvalorização do real ante o dólar, provocada pela crise no mercado financeiro internacional. Apesar de pontual, a queda de agosto foi destacada por Altamir porque foi a primeira vez, desde dezembro de 1998, que a dívida atingiu um nível inferior ao período pós-flutuação cambial.

"Apesar de ser pontual, é um marco importante", disse. Para o fim do ano, ele prevê que a dívida ficará em 44% do PIB, ante 44 5% de sua previsão anterior. Altamir explicou que essa revisão se deve à expectativa de um IGP-DI maior (de 4,2% para 5,24%), que eleva o PIB nominal e, portanto, aumenta o denominador dessa relação.

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