Reinhold Stephanes acredita que crise financeira não afeta produtores no País

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, avaliou nesta quinta-feira (16) que os agricultores brasileiros não serão prejudicados pela crise que atinge o mercado financeiro. As principais bolsas de comercialização futura de produtos agrícolas fecharam em forte queda nesta quinta-feira. "A grande maioria dos produtores já havia vendido, já havia fechado o câmbio. Aqueles que venderam e não fecharam o câmbio, (estão numa posição) ótimo, porque vão fechar o câmbio agora mais alto. E os que não tinham nem vendido e nem fechado câmbio, ou seja, que não tinham feito nada, eles não estariam perdendo, eles estariam num pequeno movimento positivo, pois a queda (dos preços) foi menor que a valorização do dólar", avaliou o ministro.

Stephanes disse não acreditar em recessão mundial por causa da crise que atingiu os mercados financeiros nos últimos dias. Nesta quinta-feira as principais bolsas internacionais de negociação de produtos agrícolas fecharam em queda. Os contratos de soja recuaram quase 5% na Bolsa de Chicago. "Por enquanto, não há indicação para isso (recessão). Até agora, você tem um fenômeno que até certo ponto é natural e que deve se acomodar", afirmou o ministro após participar da reunião do Conselho Deliberativo de Política Cafeeira (CDPC), em Brasília.

Recuperação

Para Stephanes, os mercados de produtos agrícolas devem se recuperar. "Em princípio, a situação deve se normalizar. O preço caiu um pouco, mas a situação deve se normalizar", avaliou ele, ao se referir ao recuo de 6% nos preços futuros do café. Para as outras commodities, Stephanes disse que quem comprou contratos para vender na alta ficou com receio e optou pela venda.

O ministro disse que é preciso acompanhar a movimentação do mercado nos próximos dias, mas acrescentou que, numa primeira avaliação, o movimento é "passageiro" e a crise é conjuntural. "A crise é financeira e não econômica. Os fundamentos ainda estão mantidos, não só no Brasil como em todo o mundo, a não ser que a crise financeira venha a atingir os fundamentos econômicos e se preveja crescimentos menores nos diversos países", completou.

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