A regulamentação dos pagamentos por meio de dispositivos móveis, como celulares e smartphones, contida na Medida Provisória 615, vai retirar a insegurança para atuação das teles neste mercado. “As teles não podiam entrar com força neste mercado por falta de embasamento regulatório”, disse o presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude.
Segundo ele, a partir de agora, as empresas devem acelerar suas operações neste segmento, seguindo uma tendência mundial. “As teles já vêm operando, em parcerias com instituições financeiras, mas agora este mercado deve se desenvolver.” Com o acirramento dos serviços de telecomunicações, este mercado vai servir como alternativa de receita às empresas.
O governo federal publicou nesta segunda-feira, 20, no Diário Oficial da União (DOU) a Medida Provisória 615, que dispõe sobre os arranjos e as instituições de pagamento integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). Entre outros pontos, a matéria trata dos pagamentos feitos por meio de dispositivos móveis, como celular e smartphone.
Atualmente, as teles já operam algumas modalidades de pagamentos móveis em parceria com instituições financeiras. A Telefônica/Vivo criou uma joint venture com a MasterCard para o desenvolvimento de soluções de pagamentos móveis nos moldes do sistema pré-pago, que começou a operar recentemente. Nessa mesma modalidade, a Oi opera com Banco do Brasil e Cielo.
As teles também fecharam parcerias com bancos para atuar no sistema com a tecnologia NFC (Near Field Communication), que permite finalizar a transação financeira por meio da troca de dados por radiofrequência. Telefônica/Vivo e Claro fecharam com o Bradesco para atuar com NFC, e a TIM com o Itaú.