Com o objetivo de reduzir em até 71% os custos para as instituições financeiras na realização dos contratos de câmbio, o Banco Central publicou hoje uma circular que simplifica esses processos e implanta um novo sistema informatizado para a transferência dos documentos. A medida deve beneficiar especialmente as empresas exportadoras.

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A intenção é que o barateamento das operações seja repassado aos clientes. “A significativa redução de custos operacionais para o BC e para as instituições cria condições para beneficiar, em última instância, todas as pessoas e empresas que negociam moeda estrangeira no mercado cambial brasileiro”, afirmou o Banco Central em nota.

Além da melhoria da tecnologia de registro e envio das informações, os atuais oito modelos de formulário serão substituídos por apenas um, de compra ou venda. De acordo com a autoridade monetária, os bancos pagam em torno de R$ 50 milhões por ano nessas transações mas, com as alterações – que entrarão em vigor a partir do dia 3 de outubro -, esse custo deve cair para cerca R$ 15 milhões anuais.

Além disso, a medida permite aos bancos realizarem contratos de câmbio em mais de uma agência em uma mesma praça, o que antes era vetado. Com isso, as instituições poderão ter maior capilaridade em suas operações com moeda estrangeira.

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Outra circular publicada hoje pelo BC também estabeleceu os preços cobrados nas operações de registro e consulta das operações de câmbio no sistema da autoridade monetária.

As medidas que entram em vigor em outubro alteram apenas as operações primárias, realizadas entre as instituições e seus clientes. Segundo o BC, o novo sistema referente ao mercado interbancário só está previsto para entrar em operação a partir de julho de 2012.

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De acordo com a autoridade monetária, o mercado de câmbio brasileiro registra em média 21 mil operações por dia, com giro diário de US$ 5,6 bilhões nas operações com clientes e de US$ 7,4 bilhões nas transações entre instituições bancárias.