O chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Renato Baldini, disse que as reformas fiscais vão permitir uma melhora gradual nos resultados do governo, mas ponderou que esses efeitos devem ser sentidos no longo prazo. Entre essas medidas, ele mencionou a criação do teto para o crescimento dos gastos públicos, já aprovado pelo Congresso, e o início das discussões a respeito da Reforma da Previdência.

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“Essas duas medidas ainda precisarão ser efetivadas e implementadas ao longo dos próximos meses e anos, e vão possibilitar um processo gradual de melhora dos resultados primários que vêm sendo observados”, afirmou.

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Baldini ponderou, porém, que os efeitos positivos gerados por essas medidas só serão sentidos num horizonte mais amplo, com a retomada de uma trajetória mais equilibrada para o comportamento da dívida pública.

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“Espera-se que, ao longo dos próximos anos, gradualmente, o setor público passe a apresentar, primeiro, uma estabilização da dívida líquida, e o retorno, em seguida, da tendência de redução da dívida do setor público”, afirmou.

“Isso é o que se espera nos próximos anos, mas temos que ter consciência de que isso não deve acontecer de um ano para o outro.”