O secretário da Agricultura em exercício, Newton Pohl Ribas, reuniu-se ontem, em Curitiba, com representantes das câmaras técnicas da bovinocultura de corte e de leite que compõem o Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa). Também participaram do encontro os proprietários das quatro fazendas que apresentaram animais suspeitos de febre aftosa.
Durante a reunião, os participantes avaliaram a coleta das 233 amostras, determinada pelo Ministério da Agricultura, nas propriedades que receberam animais de Eldorado (MS) no período de 60 dias anteriores à confirmação do vírus da febre aftosa no estado vizinho. ?A coleta está em andamento. Até o momento, cerca de 90% do material já foi coletado?, comentou Ribas.
A Secretaria da Agricultura aproveitou a oportunidade para fazer a entrega oficial aos proprietários dos resultados obtidos, pelo Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), nos exames de Pro-Bang com amostras coletadas entre os dias 22 de outubro e 9 de novembro nas quatro propriedades que tiveram animais sob suspeita. ?Todos os resultados para identificação do vírus são negativos?, disse o secretário da Agricultura em exercício.
No encontro, os proprietários reivindicaram a liberação de suas propriedades. Mas foram informados que isso só vai acontecer quando o ministério emitir um laudo oficial que confirme definitivamente a inexistência de febre aftosa no Paraná.
Os participantes discutiram a Instrução Normativa n.º 36 publicada pelo ministério na sexta-feira (25) e avaliaram os desdobramentos da reunião realizada com o ministro Roberto Rodrigues no interior de São Paulo no sábado (19).
Também ficou decidido que, durante a reunião do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) na sexta-feira (2) no Centro de Conveções do Cietep, em Curitiba, a secretaria vai pedir ao ministro Roberto Rodrigues que seja realizado um encontro entre os secretários de Agricultura dos demais estados para demonstrar as ações e procedimentos desenvolvidos pelo Paraná na luta contra a aftosa, a fim de flexibilizar as barreiras impostas principalmente por São Paulo e Santa Catarina.