Rogério e Gusso, da Aberc: |
O segmento de refeições coletivas alcançou um crescimento de 20% no ano passado, quando obteve um faturamento de R$ 6 bilhões, serviu 1,56 bilhão de refeições e empregava 165 mil trabalhadores em todo o Brasil. No Paraná, o momento é muito bom, segundo o vice-presidente regional Paraná da Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas (Aberc), Carlos Antônio Gusso, também presidente do Grupo Risotolândia. O crescimento paranaense foi de 10% em 2004 e ele espera outros 10% neste ano. O desempenho do setor foi discutido em um seminário promovido pela Aberc, ontem, em Curitiba.
Para 2005, há projeções de 1,75 bilhão de refeições servidas, sendo 120 milhões somente no Paraná. O faturamento deve atingir R$ 400 milhões no Estado e R$ 6,9 bilhões no Brasil. O número de empregados diretos deve aumentar para 175 mil. Desses, 11 mil no Paraná. A Aberc acredita que há um grande potencial de expansão, pois a alimentação fora de casa corresponde a apenas 25% das refeições feitas pelos brasileiros.
Gusso explica que o incremento do ano passado foi real, ou seja, não atingiu novos mercados. Mas o primeiro semestre de 2005 já apresentou uma pequena queda em relação ao mesmo período do ano passado. O presidente da Aberc, Rogério da Costa Vieira, comenta que o Produto Interno Bruto (PIB) de 2004 foi expressivo e a atividade está entrelaçada ao desenvolvimento da economia do País. De acordo com ele, a desaceleração que ocorre neste momento pode trazer impactos para o setor no segundo semestre. ?Se olharmos a previsão para 2005, ela é grosseiramente metade do que foi no ano passado. Uma maneira de sobressair neste cenário é a diversificação de mercados?, afirma.
Vieira informa que o segmento de refeições coletivas seguirá três tendências neste e nos próximos anos: tratamento dos usuários como consumidores; desenvolvimento da associação alimentação, saúde e bem-estar e contribuição para a diminuição dos índices de obesidade e doenças cardiovasculares; e ênfase na formação e capacitação de profissionais. ?Temos um desafio de buscar novos mercados, até mesmo no exterior, mas isso passa obrigatoriamente pela capacitação. O próximo ano será o da capacitação dentro do nosso segmento?, opina.
A atividade está em praticamente todos os setores com oportunidade de coletividade, normalmente mais do que 40 pessoas. Se destacam as indústrias, serviços, saúde (hospitais e asilos, por exemplo), educação (merenda escolar), presídios, forças armadas, aeroportos, serviço de aviação (refeições a bordo) e até mesmo plataformas de exploração de petróleo. Gusso conta que o mercado do Paraná é bem diversificado e que as empresas estão investindo no segmento. No caso da Risotolândia, os esforços estão concentrados na ampliação da capacidade com um grande frigorífico (um dos mais modernos do mundo) e um novo almoxarifado, que atende as normas mais modernas deste setor.