A decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de fechar um acordo para cortar a oferta da commodity equilibra o mercado, na avaliação do Itaú Unibanco. Segundo a instituição, a redução ficou acima do previsto e deve ser suficiente para trazer esse equilíbrio.
Pelo acordo da Opep, a produção conjunta dos países integrantes do cartel deve ficar em 32,5 milhões de barris por dia, quando atualmente ela está em 33,7 milhões de barris diários. Além disso, países de fora do grupo, como a Rússia, também concordaram no fim de semana em reduzir sua produção para impulsionar os preços.
Em relatório, o Itaú Unibanco prevê que o petróleo Brent esteja em US$ 54 o barril e o WTI a US$ 52 o barril no fim deste ano. Esse nível permitiria, porém, uma produção adicional dos produtores dos EUA, o que contrabalançaria parcialmente as medidas tomadas pelo cartel.
No curto prazo, o banco vê uma perspectiva neutra para o mercado de petróleo. Por um lado, há o risco de não cumprimento do acordo, que geraria viés de baixa, mas existe também a possibilidade de que países de fora do cartel se unam à iniciativa e também de que os produtores dos EUA demorem a reagir à alta nos preços. No médio prazo, o Itaú Unibanco diz que a desregulamentação no setor petroleiro no novo governo Donald Trump poderia elevar a oferta no médio prazo. “Este é um risco de baixa potencial para os preços e deve ser monitorado”, destaca o banco.